5ºA: património local - textos e imagens

A turma 5ºA, com a orientação da professora Ana Paula Ribeiro, realizou uma pesquisa sobre o património local na disciplina de História e Geografia de Portugal. Os textos e imagens que se seguem são parte do resultado desse trabalho.


Gravuras pré-históricas de Lanhelas



As gravuras pré-históricas de Lanhelas são constituídas por diferentes séries de motivos geométricos e zoomórficos (equídeos e cervídeos) e foram apresentados por Abel Viana, em 1929, num artigo da revista “Portucale”. Foi este investigador que as descobriu na superfície de uma laje.Estas importantes gravuras rupestres encontram-se na “Laje das Fogaças” e na “Laje da Chã das Carvalheiras”, que se encontram a cerca de centena e meia de metros uma da outra. Com sensivelmente duzentos e cinquenta metros quadrados de superfície, a “Laje das Fogaças”  apresenta uma figura de um caprídeo, junto a um sulco com aproximadamente um metro e meio de comprimento. Para além deste elemento, há também motivos geométricos constituídos por uma figura quase retangular, a qual encerra uma espiral e linhas retas e curvas.

Lara Magalhães





Moinhos do Inferno – Argela



Na freguesia de Argela, encontramos vários moinhos de cereais movidos a água, na margem direita do ribeiro do Real. Atualmente estão quase todos em ruínas, mas supõe-se que funcionavam em cadeia, visto estarem ligados entre si, sobrepostos ao longo da escarpa. Um desses moinhos que se encontra numa zona mais acessível foi construído em 1540, tendo sido restaurado entre 2000 e 2004. É agora usado para produzir eletricidade de modo sustentável.

Maria Carolina Azevedo


Casa da Torre – Lanhelas



A Torre de Lanhelas é uma casa senhorial ou solar, construída no final da Idade Média, sobre o rio Minho, em Lanhelas, Caminha.Como foi fundada? O senhorio de Lanhelas foi constituído por Gil Vasques Bacelar no final do século XV, quando herdou as terras e aí edificou uma casa. Em 1531, o seu filho Afonso Vaz Bacelar construiu junto à casa uma torre (a mais alta) de tipo militar. A segunda torre da casa, sobre o rio, foi construída em 1573, no tempo de D. Margarida de Barros Bacelar, casada com Rui de Sá Sottomayor. Nessa época, o Arcebispo de Braga esteve aqui hospedado e, segundo a tradição, terá plantado um laranjal no espaço da quinta, junto ao rio. Em 1831, Camilo de Sá Sotomayor mandou edificar uma terceira torre, que foi ligada à torre original através de uma ala. Foi também no século XIX que foram plantados os jardins de buxo. A  construção dos caminhos de ferro na zona cortaram o espaço da quinta, perto da casa, separando-a da área da capela. O conjunto da casa é assim constituído por três torres, de diferentes dimensões e de diferentes épocas, que se ligam entre si. Os espaços de ligação entre os torreões foram aproveitados para habitação. Perto do portão principal da quinta, foi construída cerca de 1550 a capela particular da casa, dedicada a Santo António.

Guilherme Ramalhosa


Cruzeiro da Independência de Lanhelas



De todos os cruzeiros da freguesia, este é o mais importante quer pelo tamanho gigantesco quer pelo significado que tem para todos os habitantes de Lanhelas. Este é um monumento que comemora as guerras da independência. Construído sobre um moinho de vento, este monumento é um símbolo da freguesia de Lanhelas, celebrando a data de 23 de abril de 1644, quando os habitantes de Lanhelas se defenderam valentemente dos espanhóis. É neste dia de 23 de abril que se comemora o Dia de Lanhelas.

Inês Ramalhosa


Cividade de Âncora e Afife


       
Localização – A Cividade situa-se entre as freguesias de Âncora e Afife, no topo de um monte com altitude entre 145  e 183 metros. Período cronológico – As origens do povoado fortificado da Cividade remontam ao século VI/VII a.C. (Idade do Ferro). Mas a sua maior ocupação e importância terá ocorrido por volta dos séculos I/II a.C., prolongando-se pela fase inicial do período romano. Importância Histórica – A Cividade de Âncora, pela sua posição geográfica, pelas suas dimensões, pela sua organização urbana enquadra-se no grupo dos grandes povoados castrejos da fase mais recente da Idade do Ferro. Estado de conservação – A conservação da Cividade está em perigo devido às ameaças da vegetação, com presença de mata densa, e ao abandono das autoridades responsáveis pela conservação do nosso património histórico-cultural. Curiosidades – No museu de Caminha e no museu Morais Sarmento (em Braga), está exposto variado espólio proveniente da Cividade de Âncora.
Bibliografia:
http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa
http://www.cm-viana-castelo.pt/pt/noticias/assinado-protocolo-de-colaboracao-paraproteccao-da-cividade-de-ancoraafife


Ana Dias


Capela de S. Bento – Seixas

                   

O monumento mais importante de Seixas é a capela de S. Bento. Por isso, quando se fala de Seixas, não se pode deixar de referir a Capela de São Bento e as suas tradições religiosas. Isso porque se mantêm, até aos dias de hoje, a romaria e a festa que este Santo do cristianismo promove na população. O culto e a devoção a São Bento vêm desde a Idade Média, trazidos pelos monges que se instalaram em Seixas e que construíram uma igreja românica constituída por duas naves e três andares. Passou a realizar-se, anualmente, uma festa e feira nos dias 21 de Março e 10 e 11 de Julho, de onde os peregrinos levavam terra para a cura dos seus problemas de saúde, calendário festivo que ainda se mantém nos nossos dias. Em 1455, o Rei D. João I deu a Seixas vários benefícios régios e considerou a feira como sendo franca, isenta de impostos. Em 1525, D. João III confirmou tal favor régio. Em 1748, confirmou-se tal provisão em favor de São Bento. Foi em 1848, por alvará régio da Rainha D. Maria e assinado pelo Duque de Saldanha, que foi instituída a Irmandade de São Bento, na antiga Capela de São Bento de Seixas e aprovados os primeiros estatutos, ficando a irmandade com a responsabilidade de gerir e administrar o património de São Bento e promover o seu culto. Foi seu primeiro Juiz, João António dos Reis Seixas. Em 1862, a Irmandade resolveu construir o templo que hoje existe, tendo ficado concluído em 1870. A Igreja é composta por dois retângulos, nave e capela-mor unidos por um arco apoiado em pés direitos e uma sacristia encostada ao muro norte da capela-norte.

Gabriela Fernandes
Lueji Silva 



Torre de Relógio - Caminha

 

A Torre do Relógio é parte integrante das muralhas e foi mandada construir no século XII. É a única torre do castelo de Caminha que ainda existe. Voltada a sul, era também conhecida por Porta de Viana, por constituir uma saída em direção a Viana do Castelo. Após a Restauração, D. João IV mandou colocar sobre a porta uma imagem em pedra da Virgem da Conceição. De planta quadrada, é formada por dois pisos. Em 1673, no cimo da torre, foi colocado o relógio que lhe viria a dar o nome. É monumento nacional desde 1951. Em 2008 foi restaurada e requalificada como núcleo museológico. Nessa altura, foi construída uma nova escadaria interna, sendo a entrada feita através de um pequeno túnel existente na muralha.

Diana Teixeira
Joana Sousa



Igreja Matriz de Caminha



A Igreja Matriz de Caminha, também conhecida por Igreja de Nossa Senhora da Assunção, é um dos edifícios religiosos mais importantes do norte do país. Esta Igreja foi construída no interior da muralha medieval da vila, sobre os vestígios de uma capela românica. A construção terá começado em 1488 e só terminou em 1556. A Igreja foi considerada monumento nacional em 1910.

Vera Sousa

Forte do Cão - Âncora















Localização – O Forte do Cão localiza-se no lugar da Gelfa (freguesia de Âncora), apresentando-se neste momento em mau estado de conservação devido ao seu abandono. História - É um forte de arquitetura militar constituído por muros e muralhas para a sua defesa. Construído durante a Guerra da Restauração (1640-1668), tinha como objetivo reforçar a defesa da costa portuguesa perante ameaça da armada espanhola. Foi classificado como Monumento Nacional em 1932, mas em 1978 voltou a ser classificado imóvel de interesse público. Forma – Possui planta estrelada com quatro baluartes, dois menores unidos por uma face curva voltada ao mar e os outros dois baluartes de maiores dimensões junto à fachada principal.
Curiosidades – Apesar  da pequena dimensão, a estrutura do forte permite que seja classificado como uma verdadeira fortaleza.
Bibliografia:  http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/72734/

Clara Dias

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