Os alunos do 6ºE, da professora Carla Alves, depois de lerem a obra
"Pedro Alecrim", de António Mota, escreveram uma carta para o grande
amigo do Pedro, o Nicolau.
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Pragal,
20 de outubro de 2017
Pragal,13 de outubro 2017
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Pragal, 16 de novembro de 2003
Querido amigo Nicolau,
Já li todos os teus guardanapos e contas
histórias tão interessantes que até fiquei cheio de inveja. Aqui, no Pragal,
continua tudo na mesma: os pássaros a cantar, as rãs a coaxar nos lagos e
muitas outras coisas.
Tenho que admitir que sinto que tudo
me acontece! Primeiro foi a morte do meu pai e agora tu foste para Vila Nova de
Gaia com o teu irmão Casimiro… Neste momento, no estado em que a minha mãe
está, não posso ir aí, mas prometo-te que um dia vou ter contigo.
Agora falando do teu trabalho, tenho
que concordar contigo, pois estar todos os dias sempre a lavar garrafas deve
ser muito difícil, principalmente quando se está a fazer isso tudo sozinho. Mas
para que raio esse teu tal patrão quer essas garrafas todas?
A tua mãe está preocupadíssima e mal
soube que eu te ia escrever disse logo para te mandar muitos beijinhos e para
não fazeres muitas asneiras! (Lembra-te ela disse para não fazeres muitas, logo
isso significa que podes fazer algumas!) Ahhhh…
Ia-me esquecendo de te contar uma
coisa. Sabias que o Luís não está cá? Foi passar férias com o seu pai e
mandou-me uma carta com essa nova forma que ele tem para comunicar (olavof
Pedrovef)…
Espero que venhas cá passar umas
férias, porque não sou só eu que tenho saudades tuas, todos nós sentimos muito
a tua ausência!
Um grande abraço do teu grande amigo,
Pedro Alecrim
(Mafalda
Torres da Cunha – 6ºE – Nº13)
Olá, grande amigo!
Antes de mais nada, quero-te agradecer
a tua carta.
Espero que já estejas mais conformado
com o teu emprego. Sei que não estás satisfeito nem feliz, pois lavar garrafas
não é bem o que querias.
Tenho passado mal estes últimos
tempos. Só tenho tido azar! Perdi a pessoa mais importante da minha vida, o meu
pai, e agora…. De certa forma, estou a perder-te a ti também. Bem, é a vida…
Quero dizer-te que sem ti as coisas
são diferentes… Ai, ai… sinto‑me sozinho! Tenho precisado de ajuda aqui no
campo para regar as plantas e para tapar os buracos das toupeiras. Preciso das
tuas estratégias para as exterminar!!!
Um dia destes temos de combinar um
fim de semana para matar saudades! Gostava muito!
Desejo-te boa sorte.
Abraços!
Pedro
Alecrim
(Francisco
Fernandes – 6ºE – Nº5)
Querido amigo Nicolau,
Li várias vezes os teus guardanapos e fiquei
feliz por te lembrares de mim.
Já percebi que o teu trabalho não era bem o
que querias. Tanto treinaste com a bandeja e não valeu de nada. Mas olha que
qualquer dia podes subir de posto e ser empregado de mesa!
A tua mãe ficou ‘tola’ quando lhe disse que tu
estavas a lavar garrafas. Ela até comentou que se não chegasses a usar a bandeja
que ia reclamar ao teu patrão Xavier.
Aqui, no Pragal, toda a gente está com
saudades tuas. Infelizmente, não te posso ir visitar, porque depois da morte do
meu pai não consigo deixar a minha mãe sozinha. Isto não me parece nada justo! Perdi
o meu pai e agora estou a perder o meu melhor amigo, tu.
Espero que um dia destes voltes para o Pragal,
para me ajudares a tapar os buracos das toupeiras!
Bom, adeus, Nicolau, não posso escrever mais!
Tenho que ir ajudar a minha mãe... Espero que nunca te esqueças de mim, porque
eu valorizo muito a nossa amizade.
Um grande abraço do teu amigo Alecrim aos
molhos.
Pedro Alecrim
(Helena Magalhães, 6.ºE, N.º7)
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