6ºE: Cartas ao Nicolau do "Pedro Alecrim"

Os alunos do 6ºE, da professora Carla Alves, depois de lerem a obra "Pedro Alecrim", de António Mota, escreveram uma carta para o grande amigo do Pedro, o Nicolau. 



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Pragal, 16 de novembro de 2003

Querido amigo Nicolau,

Já li todos os teus guardanapos e contas histórias tão interessantes que até fiquei cheio de inveja. Aqui, no Pragal, continua tudo na mesma: os pássaros a cantar, as rãs a coaxar nos lagos e muitas outras coisas.
Tenho que admitir que sinto que tudo me acontece! Primeiro foi a morte do meu pai e agora tu foste para Vila Nova de Gaia com o teu irmão Casimiro… Neste momento, no estado em que a minha mãe está, não posso ir aí, mas prometo-te que um dia vou ter contigo.
Agora falando do teu trabalho, tenho que concordar contigo, pois estar todos os dias sempre a lavar garrafas deve ser muito difícil, principalmente quando se está a fazer isso tudo sozinho. Mas para que raio esse teu tal patrão quer essas garrafas todas?
A tua mãe está preocupadíssima e mal soube que eu te ia escrever disse logo para te mandar muitos beijinhos e para não fazeres muitas asneiras! (Lembra-te ela disse para não fazeres muitas, logo isso significa que podes fazer algumas!) Ahhhh…
Ia-me esquecendo de te contar uma coisa. Sabias que o Luís não está cá? Foi passar férias com o seu pai e mandou-me uma carta com essa nova forma que ele tem para comunicar (olavof Pedrovef)…
   Espero que venhas cá passar umas férias, porque não sou só eu que tenho saudades tuas, todos nós sentimos muito a tua ausência!

Um grande abraço do teu grande amigo,

Pedro Alecrim

(Mafalda Torres da Cunha – 6ºE – Nº13)



Pragal, 20 de outubro de 2017

Olá, grande amigo!

Antes de mais nada, quero-te agradecer a tua carta.
Espero que já estejas mais conformado com o teu emprego. Sei que não estás satisfeito nem feliz, pois lavar garrafas não é bem o que querias.
Tenho passado mal estes últimos tempos. Só tenho tido azar! Perdi a pessoa mais importante da minha vida, o meu pai, e agora…. De certa forma, estou a perder-te a ti também. Bem, é a vida…
Quero dizer-te que sem ti as coisas são diferentes… Ai, ai… sinto‑me sozinho! Tenho precisado de ajuda aqui no campo para regar as plantas e para tapar os buracos das toupeiras. Preciso das tuas estratégias para as exterminar!!!
Um dia destes temos de combinar um fim de semana para matar saudades! Gostava muito!

Desejo-te boa sorte.

Abraços!


Pedro Alecrim

(Francisco Fernandes – 6ºE – Nº5)


Pragal,13 de outubro 2017

Querido amigo Nicolau,
Li várias vezes os teus guardanapos e fiquei feliz por te lembrares de mim.
Já percebi que o teu trabalho não era bem o que querias. Tanto treinaste com a bandeja e não valeu de nada. Mas olha que qualquer dia podes subir de posto e ser empregado de mesa!
A tua mãe ficou ‘tola’ quando lhe disse que tu estavas a lavar garrafas. Ela até comentou que se não chegasses a usar a bandeja que ia reclamar ao teu patrão Xavier.
Aqui, no Pragal, toda a gente está com saudades tuas. Infelizmente, não te posso ir visitar, porque depois da morte do meu pai não consigo deixar a minha mãe sozinha. Isto não me parece nada justo! Perdi o meu pai e agora estou a perder o meu melhor amigo, tu.
Espero que um dia destes voltes para o Pragal, para me ajudares a tapar os buracos das toupeiras!
Bom, adeus, Nicolau, não posso escrever mais! Tenho que ir ajudar a minha mãe... Espero que nunca te esqueças de mim, porque eu valorizo muito a nossa amizade.
Um grande abraço do teu amigo Alecrim aos molhos.
Pedro Alecrim

(Helena Magalhães, 6.ºE, N.º7)

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