O menino
que faz tudo
ao contrário
e se sente feliz,
usa gorros nos pés
e meias na cabeça,
escreve com os livros
e lê os lápis,
toma banho
com a toalha
e limpa-se
com o chuveiro,
dorme de dia
e vai à escola
à noite
e é gabarola.
Edgar
O menino
Que se sentia feliz
e fazia ao contrário
coisas gentis,
Comia flores,
plantava comida,
punha a roupa na cama
e dormia no armário.
Andava com as mãos
e dormia em pé,
comia na mesa
e os pratos partia.
Caçava peixes,
pescava coelhos,
cozinhava no quarto
dormia na cozinha.
De dia
acendia a luz
e de noite
apagava a luz.
De dia,
dormia,
de noite,
estava acordado.
Comia papel,
escrevia na mesa,
bronzeava-se à chuva
e lavava-se ao sol.
Maria Mendonça
A rapariga do contra é assim:
gosta de estar onde não está
está bem onde não está,
quer ir onde não foi.
O rapaz do contra é assim:
Como se toma banho com a toalha?
Como se come com os pés?
Como se faz o pino em pé?
A mulher do contra é assim:
...
O homem do contra é assim:
Como se anda com as mãos?
Será que podemos comer plantas artificiais?
Porque faço tanta pergunta?
Porque é que estou a falar sozinho?
Só mesmo eu!!!
Joana Souto
Subi a montanha
abaixo,
desci montanha
acima.
Adoro estar
onde não estou,
detesto
onde fui.
A porta
é a minha cama
e o espelho
serve para escrever.
Um quadro de giz
serve como espelho
e um espelho
serve para escrever.
A gata põe ovos,
o poeta dá à luz
poemas novos,
como ovos de avestruz.
Saltava, rastejava
de pernas para o ar,
Se estava triste,
Começava a rir.
Joana Souto
Dança deitado,
anda com as mãos,
dorme levantado,
sonha com os trapalhões.
Dorme de dia,
faz tudo de noite,
chama ao Sol Lua,
e à Lua Sol.
Ama os cavalos,
mas finge que são porcos.
Gosta de peixes a voar,
pássaros a pescar.
Gosta das nuvens de terra,
cheias de tudo,
cheias de nada.
Anda no teto
e dorme no chão.
Em vez de pintar o cabelo
pinta os pés.
Come com o nariz,
fala pelos olhos
e cheira pelas orelhas.
Daniela Soutelo
Durmo na cozinha
e cozinho no quarto.
Tomo banho na sanita
e faço xixi na banheira.
Ponho a cama no armário,
Calço luvas nos pés
e calço sapatos nas mãos.
Ando de camisa à chuva
e de kispo ao sol,
sinto calor no inverno
e frio no verão.
Hugo Silva
Dormia na rua
e brincava na Lua,
cozinhava no chão
e comia no fogão
Usava a comida como prato
e comia panelas,
achava que as galinhas davam leite
e que a vaca punha ovos.
Henrique Lindade
Chamava gordos
aos magros
e magros aos gordos
e achava divertido!
Brincava na rua
à chuva
e brincava em casa
em dias de sol.
A mãe ralhava!
Gostava de caçar coelhos
Com a cana,
De pescar peixe
Com a caçadeira.
Tomava banho vestido
e andava em cuecas,
pela rua inteira.
E o pai ralhava à maneira!
Henrique Lindade
Quando acordo
estou de olhos fechados
e quando durmo
estou de olhos abertos.
Ando deitado
e deito-me de pé.
Tenho o chapéu
quando chove
e uso o guarda-chuva
quando está sol.
Escrevo com a borracha
e apago com o lápis.
Falo de boca fechada
e calo-me de boca aberta.
Visto-me com papel
e escrevo na roupa.
Tiago Alexandre Pinto Coelho
Dormia no armário
e arrumava a roupa na cama,
comia de um copo
e bebia no prato.
Andava deitado
e dormia de pé.
Andava com luvas nos pés
e com sapatos nas mãos.
Vi uma lesma a correr
e uma lebre a rastejar.
Gosto da escola,
não gosto de estar em casa!
Guilherme Patrício
Lavo os pratos na banheira
e tomo banho na cozinha.
Durmo no armário
e guardo a roupa na cama.
Uso o lápis para apagar
e a borracha para escrever.
Os pássaros a chorar
e eu a cantar.
Quando está sol
quero a chuva.
Quando está chuva
quero o sol.
Hoje vi um caracol
muito rápido
e uma chita
muito lenta.
Beatriz Varanda Pinto
Jogo na cadeira
e sento-me no computador,
descanso de pé
e corro sentado.
Vou ganhar em último
e perder em primeiro,
bebo carne
e como água.
Durmo na sala,
tenho aulas em casa,
danço matemática
e estudo dança.
Corto com o papel
e pinto com a tesoura,
entro pela janela
e saio pela porta.
Uso o boné na chuva
e tiro-o no sol.
Acho que fui amaldiçoado
pela magia do contrário.
João Pedro
O gato ladrava
e o cão miava.
O cão estava grávido
e a cadela passeava.
O papagaio a missa dava,
enquanto o padre um filho tinha.
O mar estava verde
e a relva azul.
Enquanto as chitas andavam,
os caracóis corriam.
Tinha uma televisão na casa de banho,
uma sanita na sala,
uma mesa no quarto,
e uma cama na cozinha.
Diogo Carvalho
Durmo na banheira,
tomo banho na cadeira,
como no copo,
bebo no prato.
Durmo à luz do sol
e ando pela rua à noite.
Enzo
Come no sofá
e deita-se na mesa da cozinha.
O gato ladra
e o cão mia.
O peixe na gaiola
e o pássaro na água
O polícia no hospital
e o médico na esquadra.
Batatas fritas com açúcar
e bolo com sal.
Um dia quente de chuva
e um dia frio de sol.
Nuvens a soltar fruta
e árvores a libertar água.
Diogo Carvalho
A menina do contra
queria tudo ao contrário:
adormecia de pé,
acordava deitada.
Comia com os pés
e andava com as mãos.
Calçava as calças pela cabeça
e as camisolas pelas pernas.
Penteava o cabelo com as mãos,
e escovava os dentes com o pente,
Brincava com os garfos
e comia com as mãos.
Em vez de crescer para cima
crescia para baixo.
Em vez de abrir um ovo,
havia uma galinha choca.
Daniela Lourenço
Tomo banho na cozinha,
como na casa de banho,
durmo no armário
e a cama cheia de tralha.
Brinco na escola,
estudo em casa,
durmo de dia,
fico acordado à noite.
Catarina
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