6ºB e 6ºD DAC: Aventuras de uma semente de uma árvore autóctone


Nas aulas de Português, da professora Carla Alves, foi trabalhado o tema "Sustentabilidade - A Floresta Autóctone" e os alunos do 6ºB e 6ºD escreveram algumas histórias sobre as aventuras de uma semente de uma árvore autóctone.

 

Aventura de uma semente

Sou a Bolotinha, uma semente de carvalho, tenho uma semana de idade. Tenho muitos amigos debaixo de terra. A minha melhor amiga é uma semente de castanheiro.

            Já se passaram alguns anos e estão a aparecer muitas flores nas minhas folhas. Eu e a minha amiga somos inseparáveis. Algum tempo depois, as flores que eu tinha começaram a transformar-se em bolotas.  De repente, apareceu um esquilo e perguntou-me:

            -Olá, chamo-me Joaquim, o esquilo. Poderia pegar em algumas bolotas?

            -Prazer em te conhecer, Joaquim! Podes pegar, fico feliz em te ajudar- respondi-lhe gentilmente.

            -Muito obrigado -disse-me ele- poderei voltar algum dia para nos conhecermos melhor…

            Alguns dias depois, apareceu uma bolota especial, muito diferente das outras! Ela tinha uma cor azulada. O esquilo tinha voltado e disse que era uma bolota, mas que dali a uma semana depois iria ser um bebé. Fiquei a contar os dias à espera para ver o que iria acontecer. Quando chegou o dia, o Joaquim voltou e fiquei muito feliz. Pedi ao Joaquim para o plantar.

            Os anos passaram e já eramos uma família feliz. Até que chegaram uns lenhadores para nos cortar. Mesmo com os protestos das pessoas eles não quiseram saber. E cortaram um monte de árvores! Foram tantas que as pessoas de imediato plantaram muitas outras e  tinham tantas árvores que nem cabiam no maior museu do mundo.

Daniel Miranda, 6ºB

 

A semente de aveleira

Sou uma semente de uma aveleira e o meu sonho é viajar pelo mundo e ver todas as espécies de árvores.

Um dia, acordei fora da terra e de repente ganhei pernas e braços. Naquele momento fiquei assustado e sem entender como isso foi possível, mas logo pensei que podia realizar o meu sonho. Então comecei a andar, depois corri, estava a sentir-me livre e, de repente, batia com a cabeça em um carvalho-negro que disse:

- Quem és tu? O que fazes aqui pequena semente?

- Eu sou o Aveleiro, uma semente de aveleira! Eu estava a correr e esbarrei-me contra ti! - respondi-lhe.

- Ok! O que gostas de fazer? - perguntou o carvalho-negro.

-Gosto de pensar que vou um dia ver o mundo todo!

-Acho que um amigo te pode ajudar! - disse o carvalho-negro.

-A sério? O meu sonho vai ser realizado! - respondi eu sem fôlego.

- Ah, já me lembrei! Avião! - Exclamou o carvalho-negro.

-Quem me chamou? - perguntou o avião.

-Eu, aqui em baixo! - respondi.

-Então vamos viajar! – decidiu ele.

Viajamos por dias, dias e dias sem parar, até chegarmos à Madeira.

Quando chegamos, o avião disse:

-Aqui é que vais ficar!

-Ok, mas se eu quiser voltar? – perguntei

-É só chamar pelo meu nome! -respondeu o avião.

Então andei muito, a tropeçar nos humanos, até chegar a uma floresta calma, silenciosa e sem humanos para tropeçar.

Quando estava no fim da floresta, chamei o avião e fomos embora, visitando todos os países até chegar na Amazónia, que achei floresta mais linda que já vi.

Depois de ver todos os países voltei para o meu buraco.  Após 20 anos de crescimento, tornei-me na maior e mais linda aveleira do mundo.

Miguel Pombal, 6ºB

 

As aventuras de uma sementinha

Um dia eu, como sempre, fui dar uma volta pelo Camarido, mas algo de estranho aconteceu, eu estava a diminuir de tamanho!

-Mas oque está a acontecer? - perguntei-me.

Quando finalmente estava com o tamanho de uma semente, alguém me explicou:

-  Entraste na maldição da semente, dia 16 de novembro toda a gente que passa pelo Camarido transforma- se num semente de alguma árvore e tu transformaste-te numa semente de faia.

Nesse momento entrei em pânico, mas logo depois achei divertido, porque conseguíamos falar com árvores! Então aproveitei e perguntei como se transformaram em árvores e no exato momento a árvore me respondeu:

            - Aconteceu-me o mesmo, mas não consegui a cura.

            - Que cura? - perguntei à árvore.

-  A cura que está na terra de muito, muito longe…

            - Que terra é essa?

- É uma terra desconhecida pela humanidade!

Como tinha muito trabalho a fazer fui à procura da cura.

Depois de muitas horas a andar, sendo uma semente finalmente encontrei a cura. Pensei que seria mais difícil, mas quando apanho a cura, acordo, era um sonho, pensei:

- Ah que sonho louco! Como eu pensei que era realidade! Ha!Ha!

Pedro Gonçalves, 6ºB

 

           

A pequena aveleira

Sou uma semente de avelã. Desde pequenina que sonhava ser uma bela aveleira, mas não sou, sou apenas uma pequena sementinha. Todos os meus amigos já têm pelo menos uma folhinha a brotar de si. Na minha floresta chamam-me «projeto de aveleira» por ser tão pequena. Mas hoje eu vou provar a toda a gente que sou uma bela semente.

Todos os anos no mês da florescência uma semente florescia. Fui apressada para o local da cerimónia, até que uma rajada de vento forte me levou para longe.   Com o medo, fechei os olhos e quando abri estava num sítio completamente diferente da minha floresta, olhando à volta vi que um pequeno esquilo me observava.

- Olá- disse ele timidamente- eu sou o Bolota e tu?

-Olá Bolota, sou a Avelã- respondi amigavelmente.

-Tens uma bela folha- elogiou-me ele.

-Uma folha? – perguntei excitada.

-Sim, mas tu não és daqui, pois não?

-Não, mas seria uma boa ideia se me ajudasses a voltar para casa- sugeri esperançosa.

Foi assim que o Bolota me levou ao local com o vento mais forte da floresta e me atirou ao ar.

O vento levou-me até à minha floresta onde cresci e me tornei uma bela aveleira.

Yasmin Afonseca,  6.ºD

 

 

A semente e Nico

Venho contar-te a minha aventura de como passei de uma pequena semente a uma grande árvore.

Um dia, acordei e estava a ser enterrada por dois homens, mas o que eles não sabiam é que era uma terra mágica, e que poderia teletransportar-me a todos os lugares.

Também demorei em perceber, mas quando dei por mim em vez de estar em Portugal estava em Espanha. Estava numa grande floresta, em Galícia, havia muitos lobos e pássaros, um gato viu-me e veio falar comigo:

- O que és? De donde vens? Estás a ouvir-me?

-Olá, sou uma semente de loureiro e venho de Portugal!

-O que é Portugal?

-É um país.

O gato perguntou-me se poderíamos ser amigos e se quando voltasse poderia vir comigo. Eu disse que sim, mas para voltar teria que estar na minha terra mágica. Então o gato, que se chamava Nico, disse que podíamos descer até ao rio e, numa grande folha, chegar a Portugal.

Resolvemos então concretizar a sua ideia. Passámos por ondas muito altas e por barcos que nos queriam apanhar. Ao chegar a Portugal, decidimos que os dois homens que me plantaram o adotariam. Passou o tempo, cresci e fiz de mim um grande loureiro, sempre com o Nico à minha beira.

Daniela Núñez, 6.ºD


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