O José Dias e o Miguel Silva Fernandes, alunos do 8º C, têm uma aula semanal de tutoria na Biblioteca. Desde o início do ano lectivo, com a ajuda do professor Fernando Borlido, lêem livros, produzem textos e realizam actividades diversas. Ultimamente, o José leu um conto tradicional recolhido por Consiglieri Pedroso, As Postas de Peixe, e o Miguel fez o mesmo com um conto de Oscar Wilde, O Gigante Egoísta, e ambos produziram resumos das narrativas lidas. Desafiados a passar para o computador os seus trabalhos, aceitaram com entusiasmo, pelo que aqui os trazemos como um prémio merecido do seu esforço e um estímulo para o seu futuro como estudantes.
As Postas de Peixe
(resumo de José Dias)
Uma vez um homem foi à pesca e apanhou um peixe muito bonito. O peixe disse-lhe que se o voltasse a pôr no mar lhe prometia uma grande pescaria e se o tornasse a apanhar então o levaria para casa. E assim foi. No dia seguinte, apanhou muito peixe e depois de uns dias apanhou o peixe bonito. Levou-o para casa e fez doze postas e deu três à mulher, três à égua, três à cadela e três enterrou-as no quintal. Passou um ano, a mulher teve 3 filhos, a égua 3 cavalos, a cadela 3 leões e no quintal nasceram 3 lanças.
Passado uns anos os filhos partiram, cada um pelo seu caminho. O mais velho casou com uma mulher e nessa terra havia uma torre que se chamava “Torre da Morte “. Toda a gente que lá ia nunca voltava. Ele foi lá com um leão mas a velha que estava lá mandou prender o leão com um cabelo. Quando estavam a combater, o filho mais velho mandou o leão atacar e a mulher disse para o cabelo engrossar, o leão não se conseguiu soltar e a mulher cortou a cabeça ao homem.
No ano seguinte, os irmãos não o encontraram no sítio previsto. O irmão do meio foi à procura dele e aconteceu-lhe tal qual o irmão mais velho. Foi a vez do mais novo. Foi à mesma aldeia, casou com a mesma mulher que os irmãos casaram e foi à torre. A mulher disse que tinha medo dos leões e mandou prendê-lo com um cabelo dela. Mas o irmão mais novo não o prendeu. Ele viu-se aflito e mandou o leão avançar e ela disse para o cabelo engrossar mas como ele não estava agarrado o leão atacou-a, o irmão matou a velha e foi buscar uma panela cheia de gordura e untou o pescoço dos homens todos incluindo os dois irmãos. Em seguida dirigiu-se ao cimo da torre e lá estavam 3 belas princesas e eles casaram todos e viveram ricos e foram para as suas terras.
O Gigante Egoísta
(resumo de Miguel Silva Fernandes)
Havia um Gigante que vivia no seu Castelo rodeado de um belo jardim. Um dia, resolveu ir visitar o seu amigo, o Ogre da Cornualha, e aí esteve sete anos. Durante este tempo, todas as tardes, quando as crianças vinham da escola iam brincar para o jardim do Gigante. Como se sentiam felizes naquele jardim grande, maravilhoso, coberto de relva macia e verde! Aqui e ali nasciam flores lindas e havia doze pessegueiros que, na Primavera, floresciam em tons de cor-de-rosa e pérola e, no Outono, ficavam carregados de esplêndidos frutos. As aves pousavam nas árvores e cantavam tão suavemente que as crianças deixavam os seus jogos para as ouvir. Passados sete anos, o Gigante regressou ao Castelo. Quando chegou, viu as crianças a brincar no jardim. Ficou furioso e correu com as crianças dali. Ergueu um muro muito alto à toda a volta do jardim e afixou nele o seguinte comunicado: “É proibida a entrada. Os transgressores serão castigados”. As crianças ficaram muito tristes com o egoísmo do Gigante.
Chegou a Primavera e por todo o lado havia flores e chilreavam as avenidas. Só no jardim do Gigante continuava o Inverno. Os únicos seres satisfeitos eram a Neve e a Geada. O Gigante Egoísta, sentado à janela a olhar para o seu jardim branco de neve, continuava à espera da Primavera… Uma bela manhã, estava o Gigante ainda deitado, quando ouviu uma música maravilhosa. Era um pintarroxo que lhe contava à janela. Saltou da cama e que viu ele no jardim? Um espectáculo deslumbrante. Por um buraco pequeno no muro, as crianças tinham passado para o jardim e estavam empoleiradas nos ramos das árvores. E as árvores ficavam tão contentes com o regresso das crianças que se cobriam de flores. As aves esvoaçaram e chilreavam alegremente e as flores espreitavam e riam… Numa parte do jardim estava ainda o Inverno, que tinha uma árvore onde um miúdo não conseguia trepar. O Gigante ajudou-o a subir e o rapaz como recompensa abraçou-o e deu-lhe um beijo. Passado algum tempo, o Gigante arrependeu-se e mandou deitar o muro abaixo e a Primavera renasceu no seu coração!...
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