Eu, o grumete
Era uma bela manhã, em Lisboa no dia 18 de fevereiro no ano de 1456 no século XV. Eu acabara de sair da cama para ir à mulher do pão quando ouvi gritaria vindo do cais. Paguei à mulher, levei o pão e fui ver o que se passava. Era o Infante D. Henrique a gritar com uns grumetes a dizer:
- O quê?! Agora é assim?! Primeiro entrais no barco e depois dizeis que não estais preparados? - Exatamente! Andar de barco para os descobrimentos é muito perigoso!
- Então muito bem, estais despedidos e não quero voltar a ver-vos. Além disso vou contar este acontecimento a El-Rei D. João I e vão encarcerar-vos! Quem quer ser marinheiro? Navegar os mares em busca de ricos tesouros e de novas terras?
Eu pensei que era uma oportunidade de ouro, porque não tinha emprego e se encontrássemos um tesouro ficaria rico. Aceitei. O Infante disse que havia acordo. Também me disse para preparar as bagagens e estar lá dali a um quarto de hora e lá estava. Com as pressas quase não preparei mala nenhuma, só meti roupa e comida em abundância. Partimos. Perguntei ao capitão qual era a minha tarefa. Ele disse que eu era vigilante. Perguntei também qual era o nosso destino e ele disse que encontraríamos o desconhecido. Depois de alguns dias de navegação chegamos a uma zona escura do arquipélago onde havia água roxa e céu vermelho. Sentimos águas remexidas, o barco tremia que nem uma gelatina, e, subitamente, apareceu um polvo gigante, um KRAKEN!!!
- Disparar canhões! -diziam uns.
- Lançar arpões! -diziam outros.
Estavam todos com medo! Eu continuava de vigia na torre e vi, na cabeça dele um ponto fraco e percebi que era a minha vez de atacar. Peguei na minha espada, saltei para cabeça dele e ZÁS, matei-o. Voltei para o barco, o capitão promoveu-me a marinheiro. Depois, tentamos descobrir onde estávamos e quando vimos uma coisa brilhante no horizonte, avançamos e vimos um tesouro enorme. O capitão deitou-lhe a mão e desapareceu de repente. Eu atirei a espada, esta também desapareceu e notámos que era um tesouro maldito e a única maneira de liberá-lo da maldição era levá-lo para outras terras. Fomos empurrando e desaparecendo um a um até que conseguimos trazê-lo para o barco. Sobraram 10 dos 57 marinheiros da tripulação. Nomearam-me capitão e voltamos para Lisboa. Aí conseguimos desenfeitiçar o tesouro e a tripulação ficou rica.
Gabriel Castro, 6.ºC
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